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O retorno de Jacó a Betel, a “casa de Deus”, foi es­pecial. Foi ali que Deus falou com ele pela primeira vez. Agora, Betel iria se tornar um refúgio.
Três coisas no texto estabelecem Betel como um refúgio: O altar, que traduz adoração (w. 3,7); a promessa repetida, que traduz a presença de Deus (w. 9-13); e a coluna de pedra, que traduz lem­brança (w. 14,15).
(1) A adoração é essencial se você e eu desejamos encontrar paz interior em um mundo perturbado. Como Jacó, nós precisamos de um momento e um lugar dedicados especialmente para nos encontrar­mos com Deus. Nós precisamos habitar ali — ser constantes em observar um compromisso diário com o Senhor. Jacó disse à sua família, “Tirai os deuses estranhos que há no meio de vós”. Na adoração, nós eliminamos de nossos corações e mentes tudo o que compete com Deus pela nossa atenção, e nos concentramos completamente nEle.
Talvez a melhor definição de adoração seja “expressar apreciação a Deus pelo que Ele é, por natureza”. Isto é, nós pensamos sobre as qualidades de Deus, os seus atributos, os seus atos de amor, e o louva­mos por quem Ele é, e pelo que Ele é. A nossa Betel é a adoração diária. Ali nós começamos a sentir a paz que Jacó encontrou.
(2) A presença de Deus é sentida quando nós ouvi­mos a sua voz falando conosco. Foi isso o que Jacó sentiu em Betel (w. 9,11). E isso o que você e eu sentimos hoje, quando abrimos e lemos as Escri­turas, não à procura somente de nova informação, mas para ouvir e responder ao que Deus tem a nos dizer pessoalmente. Na Palavra de Deus nós ouvi­mos as suas promessas, sentimos a sua orientação, encontramos a sua autorização. A nossa Betel são as Escrituras, pois na Palavra nós sentimos a presença daquEle que se encontrou com Jacó em Betel, há tanto tempo.
(3) A lembrança é a maneira como nós voltamos a entrar na presença de Deus em qualquer momento durante o dia. A coluna de pedra que Jacó erigiu na Betel bíblica é mais bem compreendida como zikkaron. No Antigo Testamento, zikkaron repre­senta qualquer objeto ou celebração religiosa que tenha a função de auxiliar um crente a se identifi­car com a presença ativa de Deus na história. Sem­pre que Jacó via a coluna de pedra, ele era levado de volta, em lembrança, à comunhão com Deus que tinha sentido naquele lugar.
A Betel que você e eu criamos com a adoração e pela leitura das Escrituras serve como uma âncora para a nossa época. A qualquer momento nós podemos retornar, em nossa lembrança, e encontrar uma renovação de nossas forças.
Como é importante que apliquemos a nós mesmos as palavras que Deus disse a Jacó: “Sobe a Betel: e habita ali”.
Selecione um momento e um lugar em que você possa encontrar-se diariamente com Deus. RICHARDS, Lawrence - Comentário Devocional da Bíblia