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Na antiguidade bíblica, a bênção de um pai tinha um valor e era dada e recebida de um maneira muito diferente do que costumamos pensar sobre a bênção hoje. Um dos elementos da bênção é que tinha o poder de uma profecia sobre o futuro. No caso de um pai já avançado em anos, era também uma espécie de testamento. Esaú, por ser mais velho, esperava a bênção do pai. Alvo de uma trapaça, perdeu a bênção. Injustiçado, respondeu com ódio. Conforme a profecia de Isaque, viveu confiando na espada. Durante muito tempo seus descendentes foram comandados pelos israelitas, até conseguirem se libertar (2Reis 8.20). A grande libertação de Esaú ocorreu quando ele perdoou seu irmão, no memorável encontro perto do rio Jaboque (Gênesis 33.4). Quando odiamos, somos escravos. Quando perdoamos, somos livres. Isaque tinha valores claros para a sua família. Entre estes, estava que seus filhos não deveriam se casar com mulheres cananeias. Não se tratava de preconceito. Era porque as mulheres de Canaã adoravam outros deuses e Isaque sabia que elas influenciariam seus filhos a abandonar o Deus verdadeiro. Mais tarde, Moisés instruiu seu povo a não se casar com as mulheres de Canaã pelo mesmo motivo: para que não seguissem os deuses delas. Salomão não atentou à advertência e, influenciado pelas suas esposas, se afastou de Deus. Esaú, mesmo tendo um estilo de vida diferente, não se esqueceu do conselho do pai. Embora tenha desobedecido, agora resolve se acertar e toma esposas que descendiam do seu tio Ismael, filho do seu avô Abraão. Com Isaque aprendemos a educar nossos filhos com valores. Com Esaú aprendemos que devemos ser fiéis a esses valores, mesmo que tenhamos nos esquecido deles durante algum tempo. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia