Na visão de Daniel do homem vestido de linho, não nos devem impressionar as profecias, de difícil interpretação, mas a prontidão de Daniel para ver. Havia outras pessoas com ele, mas elas não viram nem ouviram nada. Eram pessoas superficiais, como muitas ainda hoje. São pessoas que só entendem a linguagem da bênção; só buscam versículos de promessas; só estão interessadas em cultos agradáveis; vivem muito preocupadas com a hora em que o culto da sua igreja termina, pouco importando a hora em que tenham chegado; não meditam na Bíblia, da qual só ouvem alguns versículos nos cultos que frequentam. Essas pessoas não têm visão. Para essas pessoas, Deus não fala. Daniel, pelo contrário, é aquele que treme diante de Deus, mas é também o que ouve: “Eu te amo, Daniel”. Queiramos ser como Daniel. Você quer? O que Daniel ouviu podemos ouvir: “Deus o ama. Portanto, não fique com medo. Que a paz de Deus esteja com você. Anime-se! Tenha coragem”. Antes dele, muitos ouviram palavras como essas. Depois dele, muitos foram consolados com palavras como essas. Daniel não era amado por Deus porque era bom. Daniel era amado por Deus porque Deus é bom. Porque era amado por Deus, que o livrou dos perigos e ouviu as suas orações, Daniel amou a Deus. Estamos diante de um amor correspondido. Deus sempre nos ama, mas nem sempre correspondemos. Quando correspondemos, há um relacionamento. Quando não correspondemos, permanece o amor unilateral de Deus. Vamos senti-lo em alguns momentos da vida. Quando correspondemos a esse amor, nós o sentimos sempre. Essa reciprocidade nos faz nos alegrar diante do fato de que somos amados. Esse relacionamento nos dá coragem, mesmo que as ameaças se avolumem como ondas diante de nós. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia