Listen

Description

Certamente todos concordamos que o dinheiro é apenas um meio, um meio de pagamento. No entanto, há um momento na nossa vida em que ele deixa de ser um meio para se tornar um fim. Quando isso acontece? Quando, na família, o meio de subsistência vira ponto de discórdia, inimizade, briga e morte, esquecido o amor que na infância a todos embalava. Quando, na religião, o meio para a realização das atividades vira o próprio objetivo do culto, ignorado o Deus a quem se adora. Quando, no emprego, a remuneração pela força de trabalho se converte na razão de ser das vidas envolvidas, nada importando o que se faz. Quando, na vida de uma pessoa séria, poupar para o futuro se torna uma obsessão capaz de inviabilizar o seu presente. O dinheiro nos faz quebrar cada um dos Dez Mandamentos, mas, de novo, o dinheiro só pode ser o que ele é: apenas um meio de pagamento. Nascemos para saber que o melhor que temos (o seio e a casa da mamãe; depois, a amizade dos irmãos e amigos) nada nos custa. Depois vamos vendo que a casa custa algo aos nossos pais e que os passeios em família também têm um preço. Somos apresentados ao mundo do dinheiro. Dele não mais nos livramos. Em seguida, aprendemos que só podemos ter o que ele paga. Para piorar, dizem-nos que o que o dinheiro paga é melhor do que o que nada custa. Ter dinheiro para ter o que passamos a desejar se torna o objetivo da nossa vida. Então, nós nos tornamos voluntariamente escravos, embora achemos que estamos comprando a liberdade, a liberdade com a qual nascemos. O mundo não será diferente disso. Nós é que podemos colocar o dinheiro no seu lugar: um meio de pagamento, nunca um Deus. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia (Se você quiser aprofundar seu conhecimento sobre o contexto do casamento e do divórcio judaico no tempo de Cristo, avance até o minuto 22. Se você quer aprender mais lições sobre o Jovem Rico e o Perigo das Riquezas, o bloco começa no minuto 58)