Era domingo, dia que os primeiros cristãos consideravam o primeiro da semana (Mateus 28.1; Marcos 16.2 e 9; Lucas 24.1; João 20.1 e 18; Atos 20.7; 1Coríntios 16.2), como acontece até hoje. O domingo, como todos os dias naquela época, começava quando o sol começava a iluminar a terra. No início do domingo, ia começar a segunda etapa do luto. O sábado foi de choro. O domingo seria de choro e de homenagem ao morto. As mulheres então chegaram ao sepulcro: queriam perfumar o corpo de Jesus, com os óleos que prepararam desde o sábado (ou sexta-feira, no nosso calendário). Uma delas tinha guardado um pouco do nardo que usara, na semana passada, para homenagear Jesus em Betânia, quando precisou quebrar a tampa do vaso de alabastro que o continha. Deixaram suas casas e foram para o jardim do túmulo, que era protegido por uma pedra pesada, tão pesada que nem juntas poderiam remover. Devem ter pensado como Abraão a caminho do monte Moriá: Deus proverá. E foram. Quando chegaram, surpresa! O túmulo estava aberto. Entraram, surpresa! O túmulo estava vazio. Dor. Lágrimas de novo. Roubaram o corpo de Jesus? Que fazer com os perfumes nas mãos? Então, elas viram um anjo que as informou que Jesus tinha sido ressuscitado, consolando-as com palavras semelhantes à dos pastores aos anjos em Belém, 30 anos atrás. “Não se assustem!”, ouviram elas. “Agora vão e deem este recado a Pedro […]”. Elas foram. Jesus estava vivo! Seu corpo tinha experimentado o poder da ressurreição. Era um corpo glorificado, que atravessava paredes. Tinha uma memória glorificada, que só lembrava coisas belas. Caminhava, mas podia voar, mesmo sem asas, se fosse preciso. Comia, menos pelo alimento e mais pelo companheirismo. O corpo do Jesus ressuscitado é o que vamos ter quando vencer a sexta-feira. O corpo do Jesus ressuscitado será o de todo aquele que olhou para a cruz e foi perdoado por ele. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia