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O pecado de Moisés sucedeu ao pecado do povo, que, mais uma vez, murmurou contra o Senhor. Os liderados de Moisés fizeram uma reclamação contundente: seria melhor que Deus não os tivesse libertado, porque no Egito eles viviam melhor (sic!). Os saudosistas não são felizes e nem permitem que os outros sejam. Os saudosistas guardam na carteira uma imagem do passado. Os saudosistas têm um programa: que o presente volte a ser igual ao passado. Enquanto jornadeavam pelo deserto, cheios de dificuldades, muitos hebreus olhavam para o passado. Claro que, ao fazê-lo, eles se esqueciam do mundo real e exaltavam o mundo ideal que tinham vivido no Egito. Era como se eles tivessem jogado fora as fotos dos feitores que os açoitavam; eles ignoravam as lembranças das panelas vazias. Os saudosistas irritaram tanto a Moisés que o levaram a pecar. Deus lhe disse para falar à rocha, mas ele bateu nela, demonstrando também falta de confiança em Deus. Ele pagou um preço alto por isso. Embora o povo não tenha propriamente orado, mas reclamado, Deus se dispôs a aceitar seu pedido. Por isso, disse aos seus líderes (Moisés à frente) que falassem à rocha. Moisés e sua equipe prepararam um grande espetáculo e roubaram (de Deus) a cena. Falar à rocha seria sinal de obediência a Deus e dependência dele. Bater na rocha era sinal de rebeldia e autossuficiência. Moisés desejou mostrar ao povo que tinha poder, embora o poder fosse do seu Senhor. Esse pecado mostrou que Moisés e sua equipe de governo não eram as pessoas indicadas para conduzir o povo no novo momento que se prenunciava. Devemos tomar cuidado com os saudosistas. Eles nos fazem mal. Mesmo que o passado tenha sido bom, ele não voltará. Mesmo que voltasse, não quer dizer que isso seria bom. Não temos como ir para o passado. Só podemos ir para frente. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia