Segundo aprendemos na Bíblia, o ser humano não consegue controlar o seu futuro. O ser humano não consegue sequer saber o que pedir em suas orações, porque não sabe se o que pede lhe será realmente bom. No entanto, o homem deve orar, repete a Bíblia; o homem deve seguir em frente, sugere a Bíblia. A carta de Tiago nos ajuda a superar o impasse, quando ensina: “Agora escutem, vocês que dizem: ‘Hoje ou amanhã iremos a tal cidade e ali ficaremos um ano fazendo negócios e ganhando muito dinheiro!’ Vocês não sabem como será a sua vida amanhã, pois vocês são como uma neblina passageira, que aparece por algum tempo e logo depois desaparece. O que vocês deveriam dizer é isto: ‘Se Deus quiser, estaremos vivos e faremos isto ou aquilo’. Porém, vocês são orgulhosos e vivem se gabando. Todo esse orgulho é mau” (Tiago 4.13-16). Não há problema em planejar, mas é idolatria confiar nesse planejamento como a última palavra. Não é pecado fazer o que nos compete, mas é insensatez louvar nossas próprias ações. No entanto, o ser humano nunca aceitou a sua limitação. Dentre os convites à reflexão que Deus está nos fazendo por intermédio do profeta Jeremias, estão os seguintes: Devemos ser humildes em reconhecer que não podemos conhecer o futuro de antemão. Nossas escolhas no presente são feitas de acordo com o que imaginamos no futuro, não do que conhecemos. Só Deus conhece o que virá. É bom que o homem não conheça o seu futuro; é a sua liberdade que está envolvida na construção desse futuro. Se o conhecesse, não precisaria determiná-lo por meio de suas ações. Não somos capazes sempre de tomar as melhores decisões, seja por causa do nosso caráter (todos pecamos), seja por causa da nossa ignorância. Por essa razão, devemos buscar a orientação de Deus. Devemos admitir, com esperança, que o nosso futuro não está nas nossas mãos. E ainda bem: porque não seríamos capazes de tornar bom o mundo, que se mantém pela graça de Deus. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia