Deus fala, mesmo em meio às dificuldades. Ezequiel reconheceu que Deus fala. Ele estava exilado, junto com sua gente, mas, nesse lugar e nessa circunstância, Deus lhe falou. Quando ninguém mais tinha esperança, mas Ezequiel mantinha a sua. Ele sabia que Deus o ouvia e estava com ele. Por isso, pôde ouvir a Voz. Todos queremos ouvir a voz de Deus, mas como a escutaremos em meio a tantos sons? Como discerniremos a palavra dele em meio a tantas palavras que se apresentam como divinas? Como confiaremos que ele ainda fala, se parece tão distante? O profeta Ezequiel estava numa situação em que poderia ter certeza do silêncio de Deus, dadas as condições naquele momento de duro exílio junto com seu povo. O rei estava desmoralizado e preso há cinco anos. Ezequiel não perdeu a esperança. Ele sabia, pela fé, que Deus se manifestaria. Ele esperou. Ezequiel ficou atento. Como cria que Deus se manifestaria e não sabia como, ficou atento. Ezequiel preparou os seus sentidos, dedicando sua atenção a Deus. Ezequiel se prostrou. E Deus falou. Quando Ezequiel se prostrou, ele ouviu a voz de Deus. E essa voz não foi para consolá-lo, mas para desafiá-lo. Queremos a glória de Deus, mas será que queremos o compromisso que a visão dessa glória nos propõe? Se queremos ouvir a voz de Deus, não podemos perder a esperança. Se querermos escutar a Palavra de Deus, devemos ficar atentos. Ele pode falar por meio de um versículo bíblico a que não tínhamos antes prestado atenção. Ele pode falar mediante um fenômeno da natureza, simples ou dramático. Ele pode usar uma pessoa a quem inspirou. Ouviremos a voz de Deus, se nos mantivermos ligados a ele, numa atitude de admiração diante de sua beleza e cuidado para conosco. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia