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O meu velho professor de educação cristã, no Se­ minário em Dallas, nos contou sobre uma mulher que, quando ele era um aluno do seminário, trans­mitiu uma informação empolgante. Deus tinha dito a ela que o Sr. Howard Hendricks iria se casar com a filha dela!
Essa empolgante revelação era transmitida com regularidade, até que Howard finalmente disse: “Va­mos esperar, até que Deus me diga isso”.
Deus jamais lhe disse, e posteriormente Howard ca­sou-se com Jean, que há muitos anos é a sua amada esposa.
A história exemplifica a confusão que existe sobre conhecer a vontade especial de Deus. Como “von­tade especial”, quero dizer a vontade dEle para cada um de nós, como indivíduos, e não a sua vontade geral para todos os crentes, conforme revelado nas Escrituras. A orientação referente a quem devemos desposar, qual profissão seguir, quando ou como prosseguir, são exemplos dessa orientação “espe­cial” que queremos de Deus, mas que não podere­mos conseguir lendo apenas um versículo ou uma breve passagem bíblica.
Diversas coisas em Atos 21 nos ajudam a pensar mais claramente sobre a vontade especial de Deus para nós. E a primeira delas é o fato de que a von­tade de Deus para o indivíduo deve ser identificada pelo próprio indivíduo, não por outras pessoas. Isso foi verdade para Howie Hendricks. Aquela mãe não tinha nenhum direito de dizer a ele que era a vontade de Deus que se casasse com filha dela. Isso foi verdade para o apóstolo Paulo. Os crentes de Tiro (w. 1-6) e de Cesareia (w. 8-12) não ti­nham nenhum direito de dizer a Paulo que era a vontade de Deus que ele não subisse a Jerusalém. E isso é verdade para você e para mim.
Um segundo princípio útil é o de que a vontade de Deus não pode ser determinada pelo que parece pru­dente ou conveniente. Quando a filha de Ella come­çou a visitação no centro de Chicago, sua mãe subur­bana ficou aterrorizada. Ela estava disposta a ver a sua filha ir à África como missionária. Mas a Chicago? Era perigoso demais! Contudo, durante os seus meses em Chicago, Deus não somente conservou a sua filha a salvo, como lhe deu um ministério eficaz. Finalmente, nem mesmo um “resultado desastroso” é uma indicação segura de que algo não seja a vontade de Deus. Nós não podemos adivinhar, nem os outros. Paulo quase foi morto e foi preso em Jerusalém. Mas Deus converteu esse desastre em beneficio de Paulo e seu próprio. Depois de algum tempo, o apóstolo foi trazido a Roma, e ali recebeu membros da “casa de César” (Fp 4.22). Nós, cristãos, cremos em um Deus que é soberano, e em um Espírito Santo que habita em nós e nos guia pela vida. Parte da nossa responsabilidade é ser sensível ao Espírito, e procurar a sua liderança. Viver uma vida cristã responsável significa, em parte, acei­tar a responsabilidade pelas nossas próprias escolhas, e fazer a vontade de Deus quando a entendermos.
“O método mais seguro de chegar a um conhecimento dos propósitos eternos de Deus para nós deve ser encontrado no uso correto do momento atual. A vontade de Deus não vem até nós na ínte­gra, mas em fragmentos, e geralmente em pequenos fragmentos. A nossa tarefa é juntar os fragmentos, e vivê-los como uma vocação ordenada.” — F. B. Meyer
Ouça os conselhos das outras pessoas. Mas seja li­derado por Deus.
RICHARDS, Comentário Devocional da Bíblia