Saul soubera que Davi e sua força estavam com os filisteus, e esperava que o filho de Jessé aproveitasse esta oportunidade para vingar-se dos males que tinha sofrido. O rei estava em grande angústia. Fora a sua própria paixão incoerente, incitando-o a destruir o escolhido de Deus, que envolvera a nação em tão grande perigo. Ao mesmo tempo em que se ocupara na perseguição a Davi, negligenciara a defesa do seu reino. Os filisteus, tirando vantagem da condição desprotegida do reino, penetraram bem no centro do país. Assim, enquanto Satanás estivera a insistir com Saul para que empregasse toda a energia na caça a Davi, a fim de que o pudesse destruir, o mesmo espírito maligno inspirara os filisteus para que aproveitassem a oportunidade para levarem a efeito a ruína de Saul, e subverterem o povo de Deus. Quantas vezes é ainda o mesmo ardil empregado pelo adversário máximo! Ele instiga algum coração não consagrado para que acenda a inveja e a contenda na igreja, e então, tirando vantagem da condição dividida do povo de Deus, incita seus agentes a efetuar a sua ruína… Assim pereceu o primeiro rei de Israel, com o crime de suicídio em sua alma. A vida fora-lhe um fracasso, e sucumbira com desonra e em desespero, porque pusera sua vontade própria e perversa contra a vontade de Deus. WHITE, Ellen - Patriarcas e Profetas