A amizade entre Jônatas e Davi mostra que é na hora da adversidade que a fraternidade se desenvolve ou que é em meio às impossibilidades que ela deve se desenvolver. Jônatas era filho de Saul, que era inimigo de Davi, que não era inimigo de Saul. A amizade persistiu porque Jônatas não buscava qualquer vantagem pessoal. Davi a nada visava também; ele já era o rei eleito. Eles se conheceram no palácio real e travaram um relacionamento que permanece como um modelo de amizade precisamente por não ter sido “interesseira” e por não se enfraquecer diante dos empecilhos (colocados por Saul). Não é fácil ser amigo. Não é fácil ter amigo. A amizade de Jônatas e Davi nos tempos difíceis é um modelos para nós.
Cultivar amizades — tomado como a prática constante de fazer o que estiver ao seu alcance para encontrar os amigos — é alegria que exige o cultivo de um bom hábito. Sem ele, os amigos se vão, nós deles, eles de nós. Habitue-se a não exigir, preferindo antes confiar; habitue-se a não esperar ser procurado; habitue-se a fazer ouvidos moucos e vistas largas para os defeitos dos amigos, tal qual fazem com você. Habitue-se a gerar oportunidades para o encontro, mesmo tendo que inventar pretextos para desacelerar o ritmo da vida. Se somos o que somos no encontro, não podemos fugir do encontro. Fora da amizade é a solidão. A solidão é a amargura. A amargura é a mais elaborada forma de egoísmo que esculpimos. AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia
