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Chamado a atenção por ter poupado o melhor das ovelhas e dos bois dos amalequitas, Saul inventou uma desculpa para o seu pecado, dizendo que eram para Deus, o mesmo que pedira a destruição deles. Saul achava que podia comprar a Deus com ofertas… Há mérito em Saul: confrontado, diz ter se arrependido. Deus, embora triste, não o perdoou, certamente porque Saul agia por medo, não por arrependimento. Devemos ser dizimistas fiéis e contribuintes regulares, mas não podemos achar que essa fidelidade compra as bênçãos de Deus. O que ele quer de nós é obediência, como disse o profeta Samuel. Séculos depois, o profeta Oseias disse o mesmo (Oseias 6.6). Por que Deus rejeitou Saul e acabou por destroná-lo, se o tinha escolhido para rei de Israel? Saul foi orientado por Deus a eliminar os amalequitas. Pode nos parecer difícil hoje entender essa determinação, mas os povos vizinhos, com suas práticas idolátricas, serviam de laço para o povo de Israel. Para cumprir seu propósito e se tornar uma bênção para as nações, Israel precisaria desenvolver a sua fé e isso não aconteceria se, influenciado, adotasse as perversões vizinhas, como, de fato, ocorreu. Quem, de fato, é suficientemente forte para não ser seduzido pelas más companhias? Saul orientou seus soldados a desobedecer a Deus. Se temos uma palavra para caracterizar Saul, é esta: a desobediência foi a marca de sua vida até o final. Ele fazia o que achava certo. Nesse caso, por que Saul desobedeceu? Não foi por ter piedade dos amalequitas, mas por ganância. Ele cobiçou os bens do povo derrotado, bens que deveriam ser destruídos também (1Samuel 15.9). A cobiça é tão destruidora que o próprio Deus a incluiu entre as atitudes que nos proíbe (Êxodo 20.17). AZEVEDO, Israel Belo de - Bíblia Sagrada Bom Dia