A mensagem que o profeta Malaquias anunciou deve nos levar as seguintes reflexões: 1. Precisamos de salvação porque não somos bons. Algumas religiões dizem que precisamos que o contato com Deus ative a bondade que está escondida em nós. O Salvador nos diz que não somos bons. Não somos bons, mas podemos ser redimidos da nossa maldade e postos no caminho da bondade. É o Salvador quem faz isso em nós e conosco. Ele faz isso pela vida que nos deu, da sua manjedoura ao seu túmulo que ficou vazio, passando pela cruz, de onde o seu sangue nos purificou de nossa maldade. 2. Precisamos de salvação porque não podemos salvar a nós mesmos. Pecado é precisamente uma disposição de coração, que pode ser resumida numa frase: “Eu sou capaz de viver a minha vida do meu jeito”. Ao fazer isso, a pessoa se aliena de Deus. Não conta com ele como a força da sua vida. Esse é o pecado essencial do ser humano. Foi isso o que Adão e Eva fizeram ao expulsarem Deus da vida deles por uma escolha errada, ao seguirem o conselho de Satanás. Devemos ter em mente que quando a Bíblia fala de pecado, não está se referindo apenas a coisas más que fazemos. Pecado não é só mentir, cobiçar ou qualquer outra coisa do gênero — é ignorar Deus no mundo que ele criou; é rebelar-se contra ele ao viver sem fazer referência a ele. Precisamos saber que não somos capazes de viver uma vida boa (correta, feliz) por nós mesmos. Sem o Salvador, continuamos a ser o que somos: incapazes de dar um sentido à nossa vida. O maior problema do ser humano é achar que pode viver sem Deus. Como uma pessoa perdida numa floresta encontra o caminho de volta? Umas jamais o encontram. Outras o encontram por acaso. A maioria, no entanto, é encontrada. Ser salvo é ser encontrado pelo Salvador. Podemos encontrar dinheiro, fama, poder, realização profissional e sexo que continuaremos infelizes, procurando mais, até sermos encontrados pelo Salvador. 3. Precisamos de Salvação porque precisamos de descanso. Pensa-se que todas as religiões seguem a mesma lógica: se eu fizer tudo o que é exigido, se eu obedecer a tudo, serei aceito por Deus. Ao contrário, o Salvador nos diz que somos plenamente aceitos por Deus (João 6.38b,40). O Salvador é a fonte do nosso descanso (Mateus 11.28-29). Para sermos aceitos, precisamos admitir que estamos cansados, seja de fugir de Deus, seja dos problemas da vida, seja da busca por ele, seja de tentar nos justificar. Para sermos aceitos, não precisamos cumprir certas regras, entrar para certos clubes, transformar nossa moral, ser bonzinhos para, no final, sermos premiados com a salvação. O prêmio vem no começo da jornada. Na jornada teremos lutas, mas sabemos como será o final. Na jornada seremos fustigados, mas sabemos que venceremos. Na jornada seremos testados, mas sabemos que que já fomos aprovados quando começamos a correr. Na jornada poderemos vivenciar coisas ruins, mas isso não quer dizer que o Salvador nos esqueceu; ele está conosco também (ou quem sabe: até mais) nessas horas. “Todos” implica que Deus está conosco nos dias bons e também nos dias ruins. 4. Precisamos de salvação porque precisamos de ajuda para crer. As religiões nos dizem como devemos viver. Os quatro Evangelhos nos contam como nosso Salvador viveu. O evangelho não é uma teoria; antes, é a boa-nova da vinda do Salvador. Então, podemos ir ao Salvador e pedir: “Senhor, ajuda-me a crer. Tenho tentado crer, mas não tenho conseguido. Tenho me esforçado para crer, mas continuo sem fé. Então, ajuda-me a crer”. Quem ora assim desiste de esperar ser perfeito para crer. Crê primeiro e deixa o Salvador fazer a obra do aperfeiçoamento do seu coração, da sua mente, do seu corpo, do seu caráter, do seu desejo. Quem ora assim abre mão da autossuficiência, trocando-o pela suficiência do Salvador. Não conseguimos crer sozinhos. Temos o Salvador para nos ajudar. AZEVEDO, Bíblia Sagrada Bom Dia