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A mãe chega num serviço de saúde com seu bebê e alguém pergunta: "Cadê o pai?" Você já viveu uma cena assim? Não é comum mesmo. Mas se for o contrário, por que as pessoas perguntam cadê a mãe, quando é o pai a levar a criança? O que isso nos conta das nossas relações familiares? Como podemos construir uma parentalidade onde o pai seja uma figura tão ativa quanto a mãe, reconhecido socialmente por isso? O que a corresponsabilidade produz de reconhecimento de competências sem competições? É desconstruir-se, e é construir-se. É se responsabilizar por verificar as manifestações sutis do machismo nosso de cada dia, sem punições ou julgamentos, mas avançando.

Conversamos com o Mário J. D. S. Santos que viveu uma situação assim e através de uma postagem do ocorrido despertou e provocou muitas reflexões nas redes sociais. O Mário é pai da Clarice e da Salomé, sociólogo da saúde, feminista, ativistas pelos direitos humanos no nascimento, investigador da Escola Nacional de Saúde Pública em Lisboa, Portugal.

A Dica GB deste episódio é o livro "Men, Love and Birth", do parteiro inglês Mark Harris