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Neste ano comemoramos 30 anos da construção do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), um ganho histórico que reconheceu crianças e adolescentes enquanto sujeitos de direitos. Paralelo a isso, entramos em outubro, o mês em que se comemora o "dia das crianças", momento que somos bombardeados de propagandas que aludem essa data. Utilizamos esse cenário para discutir e repensar sobre Infâncias no Brasil. Seria a infância um modelo único de ser vivenciado, como balisou diversos discursos formatados a partir dos saberes da medicina, psicologia e outros? Seria essa uma fase a ser superada? Um momento anterior ao adulto? Uma fase não-evoluída? Um momento que representa um "vir-a-ser" e que, portanto, não é? Não há infância, há infâncias, modos de ser e estar no mundo atravessados pelos diversos fluxos que os compõem. Movimentos  singulares de acessar o mundo que se diferencia do que se entende enquanto adulto, mas que não é inferior.  Quando falamos sobre Infâncias, entendemos também que há marcadores diferentes que atravessam os vários modos de ser criança nos dias de hoje, sobretudo no Brasil, como a raça, classe e gênero. Em um país que vivencia desmontes típicos do que Mbembe chama de necropolítica, quais são os movimentos por aqui que atuam na contramão de garantias de direitos de crianças e adolescentes? E como, nesse cenário, tem-se resistido, reinvetando, e criado fissuras a partir de pesquisas e ações que atuam na contramão dessas políticas de morte?  

Neste último episódio da nossa primeira temporada somos convidados, junto com Érica Atem e Renan Dias, a pensar e repensar sobre os discursos criados sobre AS crianças, e nesse movimento pincelar estratégias sobre pistas de atuação COM crianças.

Contato: presentementepod@gmail.com | Insta: @viesesufc 

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