Art(e)culações de periferias em pauta. Um (semi)círculo em torno de um “microfone aberto” é criado. Práticas poéticas se movem entre redes de afetos. O que pode um corpo que transita entre rachaduras de uma cidade que se desfaz e se refaz em rolezinhos que pixam, grafitam, pulam, dançam, cantam, protestam e passam? Em torno da “vitrola livre”, o corpo faz passinho, fissurando o corpo-abordado, antes fixado numa pose subserviente pela mão do Estado, que enquadra ao pé da parede. O corpo-break põe o mundo de cabeça para baixo. As hierarquias são desfeitas e ninguém precisa se inscrever para partilhar uma poema no sarau. O salão é a rua, o quintal, a praça, a pista de skate, o bar. A métrica e a rima são eventos cotidianos. A insurgência é a coletividade levantada contra muros e catracas. O abridor de amanhecer concebe mundos pela lembrança de amores, no desejo de um encontro, no fazer de uma festa. O corpo-cidade é um corpo-festa. Mas é preciso abandonar o olhar que vê de cima e se misturar entre a multidão que caminha para praticar essas multiterritorialidades. As bibliotecas comunitárias de iniciativa popular, assim como o movimento de saraus nas periferias, articulam-se e produzem cenas literárias, poéticas, festivas e políticas. Neste episódio, falamos sobre “arte e periferias urbanas em pauta”, tematizando as periferias como pauta nas trajetórias coletivas e artísticas de Talles Azigon, Má Dame e Laís Eutália. Além disso, realizamos algumas considerações sobre arte e política em pauta e sobre re-existências em rede em tempos de pandemia.
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Estamos de volta!!!!
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Referências utilizadas durante o episódio: Link do Drive.