É julho de 2021 e, a nível mundial, estamos vivenciando os jogos olímpicos, momento que propicia, além das competições esportivas, a aproximação entre diversos povos e culturas, podendo ser um pano de fundo para que problemáticas, como a apropriação cultural, surjam. Recentemente, por exemplo, vimos a internet dividindo opiniões sobre a "homenagem" feita pelo programa Encontro, da Rede Globo, ao Japão, país que está sediando as competições. Na ocasião, uma das apresentadoras utilizou um kimono, dividindo a opinião de internautas: seria ou não mais um caso de apropriação cultural? Nos últimos tempos, casos como esses têm gerado debates semelhantes. Afinal, pode ou não pode uma pessoa branca utilizar tranças? Pode ou não pode uma pessoa não-indígena utilizar elementos típicos das diversas culturas indígenas? Para além do debate de ser permitido ou não, pois não nos compete essa possível proibição, hoje conversaremos sobre os diversos significados que formatam a definição de apropriação cultural, fenômeno tão antigo quanto as colonialidades mas que, como tais, se atualiza, atuando em um movimento de apagamento de diversas culturas, historicamente entendidas, pela racionalidade branca e europeia, como inferiores. Mas não é só sobre isso... No decorrer desse episódio também abordaremos possibilidades de resistência e contraprodução aos malefícios gerados pela lógica colonial e a apropriação cultural, pensando possibilidades de atuação e reflexão para pessoas racializadas e brancas.
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Referências utilizadas durante o episódio: Link do Drive.