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Conheça a história da família que celebrava a vida no rio Paraopeba. Crime da Vale é lembrado todo dia 25

“Quantas vidas tiradas, que dó! Eu pescava no rio o peixe pra comer, mas quantidade também vendia. Lá eu sempre ia dormir na barraca. Que trem bom, que vida! No Paraopeba eu não pesco mais, metais pesados o poluíram. Não posso plantar nem comer peixe, é risco para a minha vida”.

Estes versos da canção “Lamento Ribeirinho” contam um pouco da história de sua compositora, Elisângela Isabel Pereira Silva, do distrito de São José, em Esmeraldas. A 90 km dali e há quase 900 dias, a barragem da Vale rompeu em Brumadinho, no dia 25 de janeiro de 2019, e alterou a vida da produtora rural, de sua família e de sua comunidade de maneira abrupta, violenta e profunda.