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Atualmente, vivemos uma crise da verdade. O negacionismo ganha novamente espaço dentro da sociedade e coloca em xeque preceitos básicos e já sedimentados pela ciência no mundo. Esse movimento se apresenta travestido de “polêmicas”, por isso, é importante tomar cuidado com ele.
A problemática da veracidade é irrigada por ingredientes presentes nas estratégias dos “mercadores da dúvida”. Dessa forma, tais agentes procuram uma falsa simetria na argumentação científica e criam teorias conspiratórias para explicar o inexplicável.
Um bom exemplo da atuação do negacionismo é em relação ao aquecimento global. De fato, existe uma desestruturação do conhecimento por parte da população, gerando um descrédito em relação ao tema, entretanto, também vemos empresas de petróleos e indústrias ajudando a disseminar contestações à ciência do clima.
A movimentação dessas particularidades é perigosa. O campo do debate vira uma discussão ideológica capaz de influenciar a opinião pública e legitimar governantes com posições anticientíficas.
Entretanto, infelizmente, o aquecimento global não é o único consenso científico questionado pelos negacionistas. Temos o movimento antivacinas, a crença de que a terra é plana, o dito de que o Holocausto não existiu, entre outros. Portanto, é necessário compreender melhor o negacionismo a as suas consequências.

O que é negacionismo?

Negacionismo é a escolha de negar a realidade como forma de escapar de uma verdade desconfortável. Na ciência, o negacionismo é definido como a rejeição dos conceitos básicos, incontestáveis e apoiados por consenso científico a favor de ideias, tanto radicais quanto controversas.