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O dia internacional do Manguezal
que é comemorado em 26/07 não poderia ser mais especial: vamos contar uma
história de pescador das melhores possíveis. Isso porque falaremos de uma
relação entre os botos e os pescadores artesanais, numa pesca cooperativa, em
que ambos saem com os peixes! Em Cananeia, os botos dançam fazendo anéis de
lama para capturar cardumes, que acabam encurralados nos cercos-fixos,
armadilhas de pesca tradicionais da região.

Já em Laguna-SC, os chamados
“botos bons” também conhecidos como boto-da-tainha dão o sinal para que muitos
pescadores artesanais lancem suas tarrafas certeiras em cardumes de tainhas que
chegam à costa, são da espécie Tursiops truncatus.

Na Barra do Rio Tramandaí, no
Litoral Norte do Rio Grande do Sul, também ocorre uma interação da espécie
conhecida como botos-de-Lahille (Tursiops gephyreus) e os pescadores de
tarrafa. Essa delicada dinâmica entre ser humano e cetáceo ocorre em alguns
outros poucos locais no mundo e impactos negativos como crescimento urbano
desordenado ameaçam esta relação.

Um ecossistema equilibrado é a
chave para a qualidade ambiental de um local. Assim como um manguezal precisa ter
esse equilíbrio para existir, essa parceria entre homens do mar e os botos
mostra que é sim possível, vivermos em harmonia com a natureza.

Convidados:

Mariane Barbosa e Julia Pierry - pesquisadoras do Instituto de Pesquisas Cananéia

Ivo Neves - pescador tradicional caiçara da comunidade do Itacuruçá e Pereirinha

Paulo Simões-Lopes - Professor do Departamento de Ecologia e Zoologia e pesquisador do Laboratório de Mamíferos Aquáticos da Universidade Federal de Santa Catarina.

O Papo de Boto agora também está no Youtube! Acesse:

https://youtube.com/playlist?list=PL9Tydg9CV94u8wg2CB_NNFrUgeYu0f8KB&si=vMjAd0-DAKpRmAqD