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“Fiquem tranquilos os poderosos que têm medo de nós: nenhum humorista atira pra matar”, disse Millôr Fernandes. Com traços e aforismos certeiros, ele atravessou um período extremamente sombrio na história do Brasil: a ditadura militar. Por isso, o carioca  multifacetado é o escolhido para iluminar esse final do interminável 2020 onde está difícil ter esperança. Os anúncios das vacinações para frear a epidemia do novo coronavírus pelo mundo acenderam a luz vermelha no Brasil por causa da falta de planejamento e de respostas eficientes do governo. Não tem cor de máscara como ritual possível para trazer de volta nosso bom e velho otimismo.