O amor é também uma forma de crueldade.
Jean-Claude Lavie escreveu
“O amor é o crime perfeito”
Por interesses que se ocultam por detrás do amor, duas ou mais pessoas se juntam, ou num grupo, ou num casal.
No casal o interesse é sexual, o interesse é crescer junto, ter filhos, adquirir uma casa, unir esforços, amentar o patrimônio.
E a vaidade se oculta por trás disso, o Narcisismo da família de mostrar-se vitoriosa no meio social como aquela que conseguiu sucesso.
Os pais eram analfabetos e formaram oito filhos na Universidade.
Na família Lorençon no Espírito Santo são de 14 filhos.
O velho pai com os filhos são proprietários da Empresa Lorenge, que constrói prédios, shoppings...
Unidos em torno do amor pelos aplausos da sociedade como vitoriosa.
Antes de 1900, Jung tinha curiosidade pelo ocultismo.
O louco fala língua oculta.
Em 1902, citando Freud, Jung publica “Psicologia do Oculto”.
Aproveitou-se do livro Interpretação dos sonhos de 1900 e citou Freud:
Aquilo que era “Ocultismo”, na verdade, é o pensamento “oculto”.
Jung enriqueceu sua teoria com a teoria de Freud.
Tudo aquilo que era “místico”, Jung foi ver que era o “inconsciente”.
Quer dizer, todo o “ocultismo” é o que está “oculto” na mente do homem.
O que está “oculto”, é o que está “oculto” dentro das casas nos crimes perfeitos do amor.
Em 1906 Jung publica “Psicologia da demência precoce”, onde, além de citar Freud, cita também Schreber, um livro publicado em 1903.
A relação de Freud e Jung continua como se fosse um casal até 1912, quando termina.
O que os loucos publicaram não faz mal a ninguém: eles não líderes de movimentos.
Os perigosos são os “normais”, como Marx, Freud, Jung...
Esses que formam seguidores em grupos organizados que se precisar elimina outros grupos que pensam contrários a eles. Esses são os perigosos.
Será que o homem da cidade pode falar o que quer, ele pode dizer, como disse o Marx?
É a ideologia que leva à loucura.
O Amor que une um grupo em torno de um ideal, esse amor é maldade pura.
É a tentativa de fazer um grupão que elimina outros grupos que não pensam iguais a eles.
Numa família também é uma luta de grupo: o grupo do um querendo massacrar o grupo do outro.
Assistimos recentemente aí um episódio de loucura em que o sujeito explodiu o apartamento dele. Era um homem casado, com o filho fazendo mestrado, uma esposa muito bem sucedida na arte, ele a vida inteira apoiou essa pessoa, de repente, por um motivo ou ouyto, o amor ruiu, e explodiu.
Aquilo que era unidade, pode virar devastação.
Está aí uma versão da tese de Jean=Claude Lavie dizendo que
O AMOR É O CRIME PERFEITO.
