Antes de Ezequiel, Isaías foi inspirado por Deus para compor uma música comparando seu povo em Jerusalém com uma vinha, a qual ele havia cuidado com todo carinho; "...Ele esperava que desse uvas boas, mas só deu uvas azedas" (Is. 5:2 NVI).
As uvas aqui, representam o resultado esperado por Deus "da plantação que ele amava"; (Is.5:7a NVI), "Ele esperava colher justiça, mas encontrou opressão. Esperava colher retidão, mas ouviu gritos de angústia" (Is.5:7b).
Mais de um século e meio depois, Ezequiel escreveu seu capítulo 15, e o povo de Deus ainda não produzia frutos de justiça; pelo contrário, tornou-se pior. Talvez seja esse o motivo de o Senhor falar apenas da utilidade da madeira da videira, já que depois de tanto tempo, ela não dava frutos, e aparentemente Deus já não esperava mais que desse. E se ela não dava frutos e sua madeira não tinha utilidade, só serviria para ser queimada (v.6).
O povo de Jerusalém havia se tornado uma fonte de corrupção como os demais povos de Canaã. Ezequiel estava reafirmando as profecias de Jeremias sobre a última invasão em que a cidade seria queimada e a terra se tornaria uma desolação "porquanto cometeram graves transgressões, diz o Senhor Deus" (v.8). E assim como foi na antiga Jerusalém, em que apenas os arrependidos e que recebessem um novo coração retornariam, assim será no final dos tempos. Jesus disse que os salvos herdarão o reino, mas os perdidos, depois de tanto rejeitarem o arrependimento, serão destruídos (Mt.25:41; 2 Pedro 3:7).
Leia Ezequiel 15 #RPSP