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Em Ezequiel 16 o Senhor faz um relato dramático da história de Jerusalém, desde sua origem até o terrível ponto em que havia chegado. Usando a analogia de uma mulher que ao nascer foi rejeitada pelos pais e lançada ao relento, o Senhor se compadeceu dela, e lhe permitiu viver, crescer e amadurecer, até que a tomou como esposa, para lhe cuidar e abençoar.

Por meio do seu povo, Deus abençoou Jerusalém e pôs sobre ela a sua glória. A cidade floresceu, enriqueceu e se embelezou, mas usou tudo o que recebeu de Deus para se prostituir com os deuses dos povos de Canaã, com os quais seu povo o traiu. Derreteu o ouro e a prata do Senhor para fazer imagens desses deuses, e entregou-lhes tudo o que pertencia a Deus. Até a seus filhos matou para os deuses. O Senhor compara Jerusalém como pior do que Sodoma, e poior do que uma prostituta, posto que esta cobraria, mas Jerusalém dava as bênçãos de Deus aos seus amantes.

A analogia é perfeita e a linguagem muito forte, causando profunda reflexão. O objetivo do Senhor era levar seu povo no exílio a perceber todo o mal que haviam cometido por tantos anos, traindo a Deus, e assim levá-los a se envergonhar e se arrepender. É por isso que depois de descrever todos os seus pecados, o capítulo termina com as promessas de restauração da aliança entre Deus e seu povo, para que quando Deus os perdoasse, eles sentissem profunda vergonha, e nunca mais o traíssem.

O Senhor deseja que aprendamos com os erros do seu povo no passado, e sejamos fiéis à aliança eterna que fez conosco por meio do sangue de Cristo. E era preciso descrever todos os seus pecados para que eles reconhecessem o mal que haviam feito. Assim como Jerusalém representava os israelitas da antiguidade, assim Laodicéia representa os cristãos dos últimos dias. E o objetivo de Cristo é o mesmo: nos levar ao reconhecimento da nossa condição pois, pelo orgulho, perdemos a capacidade de percebê-la. E que sua repreensão nos leve ao arrependimento antes que Ele volte.

Leia Ezequiel 16 #RPSP