Como o Senhor tem revelado a Ezequiel uma série de mensagens de juízo, era importante esclarecer um ponto essencial sobre o julgamento de Deus. Circulava um provérbio na época, que dizia: "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram". Ou seja, os filhos recebiam as consequências pelas ações dos pais, e acusavam a Deus de ser injusto.
É possível que por não enxergarem seus pecados, eles dissessem que estavam sofrendo as invasões e o exílio pelos pecados de seus antepassados. Assim, Deus usa o exemplo de três gerações: um homem justo, que viva pela vontade de Deus, seu filho ladrão, assassino, e etc, e um neto que, vendo todos os pecados deste pai, não quis ser como ele, e viveu de forma justa.
O Senhor explica que julgará a cada um individualmente. O filho pecador não será justificado pela vida justa do seu pai, assim como o filho dele não será condenado por seus pecados. Mas há uma observação importante: mesmo sendo ladrão e assassino, se ele se converter, e mudar, Deus o perdoaria. "De todas as transgressões que cometeu não haverá lembrança contra ele; pela justiça que praticou, viverá" (v.22).
O Senhor diz claramente que não tem prazer na morte do perverso, mas antes, deseja que ele se converta e viva. Por fim, o Senhor declara: "julgarei, a cada um segundo os seus caminhos" (v.30). Deus não estava cobrando salvação pelas obras, mas um coração realmente convertido, manifesta a graça de Deus por suas ações. E Jesus diz o mesmo: ""Eis que venho em breve! A minha recompensa está comigo, e eu retribuirei a cada um de acordo com o que fez" (Ap.22:12 NVI).
O Senhor termina clamando por conversão. Expressando seu desejo de que eles se arrependessem e fossem salvos. "Por que morrer, ó povo de Israel? Não é meu desejo que morram, diz o Senhor Soberano. Arrependam-se e vivam!” (v.31,32 NVT). A mesma pergunta e o mesmo desejo são para nós. Jesus está perto de voltar, "por que morrer?". Arrependamo-nos, e a graça de Deus nos dará a vida eterna.