Chegamos ao ponto de ser necessário descrever as abominações que praticavam em Jerusalém. Isso ajudaria os exilados a ter um panorama mais amplo do motivo pelo qual a cidade não tinha mais remédio, e ao mesmo tempo, nos ajuda a entender claramente a necessidade do juízo do Senhor para conter o mal.
Deus chama Jerusalém de cidade sanguinária, e fala dos ídolos que ela fez, com os quais aprenderam a violência, injustiça e todo tipo de imoralidade. Os príncipes, representantes do povo, praticavam extorsão contra o estrangeiro, o órfão e a viúva, e profanavam o sábado. No povo, havia adultério e abominação com a nora, e até suas irmãs.
Deus também diz que os sacerdotes, os maiores líderes espirituais, não faziam diferença entre o santo e o profano, e transgrediam o sábado. Os príncipes, eram sanguinários e desonestos. Os profetas encobriam tudo "com cal por visões falsas, predizendo mentiras e dizendo: Assim diz o Senhor Deus, sem que o Senhor tenha falado" (v.28). Praticavam extorsão, roubo, violência ao aflito e ao necessitado e oprimiam o estrangeiro. Deus diz que buscou um homem justo, para que não destruísse a cidade, como fez com Abraão para não destruir Sodoma, mas não achou ninguém.
O que dizer dos nosso dias, quando representantes do povo também praticam extorsão e roubo, e os líderes espirituais mentem e se aproveitam da fé de pessoas humildes? O povo se torna cada vez mais imoral (2Tm.3:1-5). A justificação para o fim de Jerusalém serve para o fim do nosso mundo (2Pe.3).
Leia Ezequiel 22 #RPSP