Já era o nono ano do seu exílio, e no décimo dia do décimo mês, Ezequiel recebe uma revelação: "Jerusalém será cercada hoje". O cerco, que duraria cerca de três anos, levaria muita gente à fome, e, quando a cidade fosse invadida, haveria mortes e destruições, o santuário seria saqueado, e por fim, a cidade seria queimada.
Por isso, Deus pede a Ezequiel que ilustre o que acontecerá a Jerusalém por meio de uma panela no fogo. Mesmo enferrujada por dentro, ela receberia bons pedaços de carne que representavam os habitantes de Jerusalém, e todas as pessoas que foram assassinadas por eles. E a ferrugem da panela, representava a imundícia dos seus pecados. Deus estava demonstrando as destruições da última invasão, onde muita gente morreria, e a cidade seria queimada. A panela, depois de vazia, deveria ir a fogo até ficar incandescente, e assim, consumir a ferrugem - a destruição de Jerusalém daria fim às imundícias com que o povo contaminou a cidade.
Eles acreditavam que o Santuário era uma espécie de proteção sobrenatural, mas ao perdê-lo por ser destruído e queimado, perceberiam que ele não era um amuleto de proteção - o Santuário não tinha valor sem a habitação do Senhor nele, a quem rejeitaram por seus pecados, e queriam expulsar com os deuses cananitas.
Às vezes o Senhor permite que percamos esses "amuletos de proteção" com os quais trocamos a nossa confiança nEle, a fim de perceber que precisamos do nosso relacionamento com Ele apenas, e não de coisas que Ele pode nos dar.
Leia Ezequiel 24 #RPSP