Tiro é descrita como aquela que habitava no coração dos mares, e a maior parte do capítulo destina-se a mostrar como, por seu comércio, enriqueceu recebendo todo tipo de tesouros, além de escravos, da imensa variedade de povos com as quais negociava. Não só enriqueceu a si, mas enriqueceu a muitos reinos.
Por isso, a parte final relata as cenas dramáticas do desespero de todos os que trabalhavam com Tiro ao ver sua destruição: "gritarão amargamente; lançarão pó sobre a cabeça e na cinza se revolverão" (v.30,31). Toda a opulência, seus negociantes, soldados e toda a multidão que estava em Tiro, "afundariam no coração dos mares no dia da sua ruína" (v.27).
O contraste da riqueza de Tiro com sua destruição e as cenas de lamentação por ela, foram reaplicadas em Apocalipse 18 para demonstrar o juízo de Deus sobre Babilônia mística, o falso sistema religioso que levará o mundo ao engano nos últimos dias. E assim como toda a riqueza que Tiro conquistou com suas injustiças, foi apagada pelo juízo de Deus, assim, toda a opulência da Babilônia dos nossos dias será totalmente apagada pelos juízos do Senhor quando caírem sobre ela pelo mundo inteiro.
É por isso que Apocalipse 18 reitera o pedido para que o povo de Deus que ainda resta dentro dessa Babilônia, saia dela. Suas riquezas de nada servirão nos últimos dias. Não haverá segurança que ela possa oferecer contra os juízos do Senhor, assim como as riquezas de Tiro de nada lhe serviram contra os juízos que Ezequiel profetizou contra ela.
Leia Ezequiel 27 #RPSP