Cerca de um ano depois da profecia anterior sobre o Egito, Ezequiel recebe uma lamentação contra Faraó que ao mesmo tempo anuncia novamente a sua destruição. Essa lamentação cobre a primeira metade do capítulo e utiliza a simbologia profética que Ezequiel já estava acostumado a receber.
Apesar de o Egito se comparar a um leão, o Senhor disse que eles eram, na verdade, como um crocodilo. O Senhor reutiliza como símbolos da destruição do Egito, alguns dos mesmos elementos que estiveram presentes nas pragas para a libertação do povo hebreu: o sangue que corre como águas (v.6) , e trevas sobre o Egito (v.7,8). Deus pode ter feito assim para lembrá-los de que como aconteceu antes, certamente sua palavra se cumpriria novamente agora.
Na segunda metade do capítulo, Ezequiel relembra uma revelação que recebeu antes dessa lamentação. A mensagem parece demonstrar como Deus abaterá todo o orgulho e a pompa dos egípcios, comparando-os como mortos, assim como foram mortos os povos de vários outros reinos.
O derramamento dos juízos de Deus sobre o Egito serviria de sinal aos povos de seus dias para que soubessem que era o Senhor. Da mesma forma, os juízos finais revelados em Apocalipse e que usam essa mesma simbologia, serão um sinal de que depois da escuridão final desse mundo veremos o sinal de Cristo: "Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e muita glória" (Mt.24:30).
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