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Ainda direcionado à terra de Israel, onde insistiam contra a vontade de Deus e não se rendiam à Babilônia, Ezequiel recebe mais revelações contra Jerusalém, e anuncia: "Haverá fim! O fim vem...". Sem a proteção do Senhor, a qual rejeitaram, sua teimosia em breve custaria sua destruição total. 

O Senhor repete diversas vezes que seu juízo consistia em "fazer cair sobre eles todas as suas abominações" (v.4,8,9,27). O que eles mesmos buscaram agora receberiam: "segundo os teus caminhos, assim te castigarei, e as tuas abominações estarão no meio de ti" (v.9); "com os seus próprios juízos, os julgarei" (v.27).

Todos somos sustentados pela misericórdia de Deus, e é ela que nos impede de receber o que merecemos. "As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos" (Lm.3:22). "Se Deus retirasse seu espírito e removesse seu sopro, toda a vida cessaria, e a humanidade voltaria ao pó" (Jó 34:14,15). Mas por seus pecados conscientes e persistentes, eles rejeitaram totalmente essa misericórdia, que por tanto tempo os protegeu e ainda insistia para que se arrependessem. Agora, ela seria retirada para que recebessem exatamente o mal que buscavam. E não há pior castigo do que este.

"As suas misericórdias não têm fim" (Lm.3:22), mas não são obrigatórias. Por causa do livre-arbítrio, o homem pode rejeitá-las. E é a persistência proposital no pecado consciente uma declaração de rejeição. A misericórdia de Deus não é uma desculpa para pecar; ao contrário, é um convite ao arrependimento.

Ezequiel 7 #RPSP