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Enquanto nos capítulos anteriores Jeremias focou na destruição de Jerusalém e no sofrimento do povo, em Lamentações 3, ele descreve uma angústia pessoal, cuja causa vai além das circunstâncias ao redor, além do exílio ou da destruição. Escrito em primeira pessoa, esse poema é focado na dor de ter se separado de Deus.

Como já profetizado por meio do próprio Jeremias, Deus disse que a experiência do exílio faria o que o tempo de misericórdia em Jerusalém não fez. Ou seja, o povo finalmente poderia sentir a dor da separação que seus pecados causaram entre eles e Deus. Esse é o teor de Lamentações 3, e é aqui, quando finalmente esse reconhecimento acontece, que o profeta pela primeira vez vê esperança.

O problema não era a destruição de Jerusalém ou o cativeiro babilônico. A verdadeira perda era a presença de Deus, o verdadeiro exílio, é o exílio do pecado que nos leva para longe do Senhor. Jeremias dá uma impressão inicial de que Deus agia como seu inimigo. Mas, na verdade, era o Senhor permitindo que a dor lhe fizesse acordar do coma do pecado.

Quando tudo lhe fazia pensar que não havia mais saída, algo fundamental acontece: Jeremias decide lembrar do que pode trazer esperança. Ele escolhe mudar o foco, e então todo o discurso de dor muda. Ele reflete na misericórdia de Deus, passa a ver propósito até no sofrimento, que Deus não permite a tristeza sem motivo e que é hora de parar de se queixar das circunstâncias, reconhecer os nossos pecados e voltarmos para Deus.

Leia Lamentações 3 #RPSP