Agora que havia silenciado os fariseus, Jesus se dirige "às multidões e aos seus discípulos" (v.1). Ao longo do capítulo Cristo diz várias mensagens de juízo sobre os escribas e fariseus, e os classifica como hipócritas porque eles "dizem e não fazem". E as obras que praticavam, faziam de forma pública com o objetivo de manter um status social, e não para ajudar as pessoas e praticar a justiça. Gostavam desse sistema que os mantinha numa casta privilegiada, sendo elogiados pelas pessoas, aparecendo em destaque na sociedade como mestres. A religião era apenas um pretexto para a manutenção do poder e do abuso de privilégios.
Mas assim como havia ensinado a seus discípulos, Jesus mostra que essa não é a lógica do reino de Deus. Para o Senhor a grandeza está no serviço, e não na posição de liderança que alguém ocupa. Nessa introdução, Cristo conclui dizendo: "Quem a si mesmo se exaltar será humilhado; e quem a si mesmo se humilhar será exaltado" (v.12).
Cristo fala na autoridade de ser o rei de Israel quando diz "quantas vezes quis eu reunir os teus filhos". Ou seja, ao longo da história de Israel, Jesus sempre quis cuidar deles e protegê-los, mas todos os seus infortúnios foram por uma única razão: "vocês não quiseram".
Mateus 23 é um capítulo que deve nos fazer pensar nas nossas próprias hipocrisias. E o quanto precisamos dar atenção às coisas mais importantes no nosso trato com o próximo: "a justiça, a misericórdia e a fé". Fazer as demais coisas sem esquecer essas principais.
Leia Mateus 23 #RPSP