Desde Isaías vemos Deus declarando seu amor como um esposo de sua nação. Jeremias 3 reaplica essa linguagem que relaciona o casamento como a nossa união com Deus. Como no capítulo anterior o povo se mostrou incapaz de reconhecer o seu pecado, neste o Senhor faz questão de dizer que foi traído, mas faz amplas promessas de perdão.
O fato de adotar os ídolos de Canaã foi comparado por Deus a um adultério. Se Deus era o esposo de sua nação, ela lhe devia fidelidade. Mas ao buscar aos falsos deuses, logo, falsos maridos, Israel e Judá cometeram "adultério espiritual". E o Senhor narra o quanto eles se machucaram, enquanto Ele sempre esteve esperando que se arrependessem e voltassem para o Senhor. Aqui Deus se põe como o marido traído que espera a volta de sua esposa infiel - mas eles não voltaram.
Apesar dessa vergonha que causaram a Deus ao traí-Lo, Ele insiste para que se arrependam, prometendo amorosamente que lhes perdoaria e que estava disposto até a impedir os juízos que estavam para vir. Ele pedia apenas um passo: "Tão somente reconhece a tua iniquidade, reconhece que transgrediste contra o Senhor, teu Deus, e te prostituíste". Um reconhecimento dolorido, mas necessário.
Jeremias encerra dizendo que mesmo sendo traído e desprezado, Deus ainda quer sua esposa de volta. O capítulo termina com ternos e carinhosos apelos de conversão, perdão e cura para os maus tratos que causamos a nós mesmos quando traímos o Senhor. O pecado nos torna a esposa infiel que precisa voltar.
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