Desde o começo do livro, o Senhor vem nos mostrando em que situação deplorável se encontrava o seu povo e por que eram necessários os seus juízos. Nesse capítulo 6, Deus continua, e explica como seu povo sofreria com suas más escolhas. O pior castigo é quando Deus permite recebermos exatamente o mal que buscamos: "Eis que eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos".
Explicando a que ponto estavam afundados no mal, Jeremias descreve: "Como o poço conserva frescas as suas águas, assim ela, a sua malícia; violência e estrago se ouvem nela". Seu estado havia chegado ao limite. E amorosamente, Deus pede outra vez: "Aceita a disciplina, ó Jerusalém, para que eu não me aparte de ti". Olha quanta insistência para que eles se arrependessem porque o Senhor não queria perdê-los!
Mas apesar de tanto clamar por centenas de anos, o povo se recusava a ouvir. "A palavra do Senhor é para eles coisa vergonhosa; não gostam dela". De jovens a velhos, todos abraçaram a ganância, até sacerdotes e profetas só diziam mentiras agradáveis para satisfazer as pessoas anunciando paz, quando não havia paz. Chegaram ao ponto de perder até a capacidade de sentir vergonha por seus pecados abomináveis.
Tudo o que vemos aqui serve de espelho para nós. O mundo vai mergulhando em maldade, ganância, violência e líderes religiosos mentem para agradar as pessoas, enquanto os juízos de Deus estão prestes a vir. E o Senhor ainda insiste: "aceite a disciplina, para que eu não me afaste de você".