Olá, Espero que esteja bem!
Uma das lições mais relevantes que a recente pandemia nos traz diz respeito a como lidamos mal com as incertezas. O desconhecido chega a ser mais assustador do que o “conhecido catastrófico”. Quando o inimigo nos é familiar, mesmo sendo muito poderoso, ao menos podemos escapar – ou tentar escapar – de suas garras.
Quando ele é invisível nos causa sensação de impotência e, sobretudo, pouca visibilidade de como será nosso futuro.
Um dos motivos dessa dinâmica perversa é que vivemos em uma cultura viciada na certeza. Desde os primórdios do Iluminismo, o ser humano busca ter uma explicação racional para controlar tudo o que lhe cerca. As inquietudes, ao longo do tempo, foram relegadas a segundo plano em prol da busca por teses e conceitos que fortalecessem convicções.
Esse comportamento sedimentou um padrão onde tudo o que é incerto deve ser combatido. Tudo o que não é controlável é um desastre.
Como não poderia ser diferente, encontramos esse modelo influenciando diretamente o mundo empresarial há séculos. Desde a Revolução Industrial, quando o conceito de empresa foi concebido, nos deparamos com um sistema que tem como objetivo sempre controlar seu contexto de todas as formas.
Temos de sair desse looping. A sociedade atual, mesmo antes do COVID-19, já dava mostras que evoluiria com cada vez mais volatilidade e incerteza. A evolução tecnológica gerou uma velocidade de mudanças a níveis jamais vistos e a pandemia acelerou esse processo. Estruturalmente iremos conviver com um ambiente, crescentemente, volátil, incerto, complexo e ambíguo (como já previsto no acrônimo VUCA utilizado há anos para definir nossos tempos atuais).
A solução não passa pela busca do controle total de tudo o que o cerca. Esse é um esforço desnecessário e frustrante, pois não resultará em resultado relevante. O caminho passa pela adaptação a esse mundo, abraçando a incerteza, exercitando boas leituras e análises do contexto e, sobretudo, desenvolvendo iniciativas que lhe permitam um posicionamento adequado nesse ambiente.
Diferente do passado, esse esforço é contínuo e frequente, já que nada indica que retornaremos a um mundo mais estável e previsível. É necessário que você treine sua mente e desenvolva práticas para lidar com essa dinâmica agora e sempre.
Essa tese vale para empresas, mas, e principalmente, para indivíduos. Se você não adaptar-se, corre o risco de ficar obsoleto.
Como sempre enfatizou um grande amigo: estabilidade não existe.
Essa máxima nunca foi tão atual. Adapte-se!!
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Edição: Senhor A