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Homilia Padre Gilberto Galdino, IVE:

Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo Lucas 23,1-49

Naquele tempo,

toda a multidão se levantou

e levou Jesus a Pilatos.

Começaram então a acusá-lo, dizendo:

"Achamos este homem

fazendo subversão entre o nosso povo,

proibindo pagar impostos a César

e afirmando ser ele mesmo Cristo, o Rei".

Pilatos o interrogou: "Tu és o rei dos judeus?"

Jesus respondeu, declarando: "Tu o dizes!"

Então Pilatos disse aos sumos sacerdotes e à multidão:

"Não encontro neste homem nenhum crime".

Eles, porém, insistiam: "Ele agita o povo,

ensinando por toda a Judeia,

desde a Galileia, onde começou, até aqui".

Quando ouviu isto, Pilatos perguntou:

"Este homem é galileu?"

Ao saber que Jesus estava sob a autoridade de Herodes,

Pilatos enviou-o a este,

pois também Herodes estava em Jerusalém naqueles dias.

Herodes, com seus soldados, tratou Jesus com desprezo.

Herodes ficou muito contente ao ver Jesus,

pois havia muito tempo desejava vê-lo.

Já ouvira falar a seu respeito

e esperava vê-lo fazer algum milagre.

Ele interrogou-o com muitas perguntas.

Jesus, porém, nada lhe respondeu.

Naquele dia Herodes e Pilatos

ficaram amigos um do outro, pois antes

Então Pilatos convocou os sumos sacerdotes,

os chefes e o povo, e lhes disse:

"Vós me trouxestes este homem

como se fosse um agitador do povo.

Pois bem! Já o interroguei diante de vós

e não encontrei nele

nenhum dos crimes de que o acusais;

nem Herodes, pois o mandou de volta para nós.

Como podeis ver, ele nada fez para merecer a morte.

Portanto, vou castigá-lo e o soltarei.

Toda a multidão começou a gritar:

"Fora com ele! Solta-nos Barrabás!"

Barrabás tinha sido preso

por causa de uma revolta na cidade e por homicídio.

Pilatos falou outra vez à multidão,

pois queria libertar Jesus.

Mas eles gritavam: "Crucifica-o! Crucifica-o!"

E Pilatos falou pela terceira vez:

"Que mal fez este homem?

Não encontrei nele nenhum crime que mereça a morte.

Portanto, vou castigá-lo e o soltarei".

Eles, porém, continuaram a gritar com toda a força,

pedindo que fosse crucificado.

E a gritaria deles aumentava sempre mais.

Então Pilatos decidiu

que fosse feito o que eles pediam.

Soltou o homem que eles queriam

- aquele que fora preso por revolta e homicídio -

e entregou Jesus à vontade

Enquanto levavam Jesus,

pegaram um certo Simão, de Cirene,

que voltava do campo,

e impuseram-lhe a cruz para carregá-la atrás de Jesus.

Seguia-o uma grande multidão do povo

e de mulheres que batiam no peito e choravam por ele.

Jesus, porém, voltou-se e disse:

"Filhas de Jerusalém, não choreis por mim!

Chorai por vós mesmas e por vossos filhos!

Porque dias virão em que se dirá:

'Felizes as mulheres que nunca tiveram filhos,

os ventres que nunca deram à luz

e os seios que nunca amamentaram'.

Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!

Quando chegaram ao lugar chamado "Calvário",

ali crucificaram Jesus e os malfeitores:

um à sua direita e outro à sua esquerda.

Jesus dizia: "Pai, perdoa-lhes! Eles não sabem o que fazem!"

Depois fizeram um sorteio,

repartindo entre si as roupas de Jesus.

O povo permanecia lá, olhando.

E até os chefes zombavam, dizendo:

"A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo,

se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!"

"Este é o Rei dos Judeus".

Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo:

"Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!"

Mas o outro o repreendeu, dizendo:

"Nem sequer temes a Deus,

tu que sofres a mesma condenação?

Para nós, é justo,

porque estamos recebendo o que merecemos;

mas ele não fez nada de mal".

E acrescentou: "Jesus, lembra-te de mim,

quando entrares no teu reinado"

Jesus lhe respondeu: "Em verdade eu te digo:

ainda hoje estarás comigo no Paraíso".

Já era mais ou menos meio-dia

e uma escuridão cobriu toda a terra

até às três horas da tarde,

pois o sol parou de brilhar.

A cortina do santuário rasgou-se pelo meio,

e Jesus deu um forte grito:

"Pai, em tuas mãos entrego o meu espírito".

Dizendo isso, expirou

Palavra da Salvação.