Desde o período colonial, os povos indígenas sofreram com as epidemias e doenças que chegavam nas aldeias. O Ministério da Saúde informou, em 2018, que as doenças infecciosas e parasitárias foram responsáveis por 7,2% das mortes ocorridas entre indígenas. Entre as crianças indígenas com menos de um ano, doenças respiratórias foram a causa de 22,6% das mortes registradas em 2019. Além disso, as doenças respiratórias são consideradas a principal causa de morte entre as populações nativas brasileiras, algo que torna este grupo bem mais vulnerável no contexto da pandemia atual.Em março deste ano, em uma entrevista para a BBC Brasil, a médica sanitarista e coordenadora do Projeto Xingu da Universidade Federal de São Paulo, alertou que os hábitos do cotidiano de vários povos indígenas no Brasil, como compartilhar utensílios e morar com muitas pessoas, podem ampliar o contágio de doenças infecciosas.
Entramos em contato com Weibe Tapeba para compreender como está a situação da pandemia da Covid-19 entre os Tapebas e, para compreender o histórico das populações originárias com as doenças ao longo dos anos, conversamos com o professor e doutor em História Marcos Felipe Vicente.
Produção: Alice Souza e Letícia Feitosa/
Roteiro, Locução e Edição de Áudio: Letícia Feitosa/
Arte da capa: Leíssa Feitosa