O colorismo também é definido como pigmentocracia, é uma discriminação racial baseada pela cor. O termo nos diz que “quanto mais escuro o tom de pele de alguém, mais racismo essa pessoa sofre na sociedade”. Então, ao contrário do racismo, que se orienta na identificação do sujeito como pertencente a certa raça para poder exercer a discriminação, o colorismo se orienta somente na cor da pele da pessoa. O que acontece é que aqui no Brasil somos mais afeiçoados com o termo miscigenação, difundido pela obra de Gilberto Freyre, do que com o termo colorismo, que surgiu nos Estados Unidos.
Apesar de se orientar na cor da pele, o colorismo no Brasil, apresenta uma peculiaridade: aspectos fenotípicos como cabelo crespo, nariz arredondado ou largo, dentre outros aspectos físicos, que a nossa cultura associa à descendência africana, também influenciam no processo de discriminação. Então, imagem do negro do Brasil é estereotipada por essas características, e isso abre margem para uma só negritude que é representada na mídia, por exemplo. A pergunta que fica é: porque os pretos de pele clara ou pretos não-retintos ainda ocupam esse limbo no campo racial enquanto os racistas e as instituições racistas sabem reconhecê-lo de longe como preto?
Para falar sobre o tema, convidamos Gabriela Bacelar que é pesquisadora, Mestranda em Antropologia pela Universidade Federal da Bahia, licenciada em Ciências Sociais e professora de Sociologia da Educação Básica.
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Roteiro e produção: Alice Souza/
Locução: Alice Souza e Letícia Feitosa/
Edição de áudio: Letícia Feitosa/
Arte da capa: Leíssa Feitosa