Com a escravidão, ainda no início do século 15, o cabelo funcionava como uma maneira de comunicação, era parte de um sistema de linguagem, sendo também uma forma de resistência, para que os africanos escravizados pudessem manter suas raízes. Dentre os penteados, as tranças, em suas diferentes formas e desenhos, existem há séculos no continente africano e eram usadas, por exemplo, para definir idade, etnia, religião e outros atributos. Além disso, no século XX, elas passaram a fazer parte de movimentos que valorizam a cultura afro.
A filósofa Djamila Ribeiro diz que o empoderamento tem um significado coletivo. Ou seja, se você é uma mulher preta, quando você empodera a si, ao mesmo tempo, outras mulheres e pessoas negras se tornam sujeitos ativos na mudança. E o que o cabelo tem a ver com tudo isso, né? Bom, ele pode ser uma ferramenta para esse empoderamento. Assim como o movimento Black Power utilizou, lá nos Estados Unidos, do cabelo crespo como forma de expressar e enaltecer a negritude.
Para falar sobre o assunto, conversamos com a jornalista e criadora do projeto multimídia e transmídia "Kabelu: Negritude e Cabelo Afro", Sâmia Martins; a trancista Isabele Galeazzi; e a estudante de Jornalismo Beatriz Irineu.
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Produção: Alice Souza e Letícia Feitosa
Roteiro, Locução e Edição de Áudio: Letícia Feitosa/
Arte da capa: Leíssa Feitosa