Título: Confiança: Ética e Competência
Hosts:
Ricardo Andorinho
Rui Rocha
Convidado: Antonio Vasconcelos da Cunha
No MIT, em 1970, também se usavam cartões perfurados e IBMs (?) para correr programas concebidos pelos alunos para as teses ou trabalhos práticos nas cadeiras.
Porém, na mesma altura, no canto dum corredor, dentro duma vitrine, estava a ser testado um protótipo daquele que viria a ser o primeiro desktop do Bill Gates.
- Utilização das tecnologias de informação e de comunicação para a geração de Conhecimento, capaz de melhorar a competitividade na produção e distribuição de bens materiais e imateriais, o desenvolvimento sócio-económico, a projecção internacional e a influência geopolítica.
- Desmaterialização de processos e Transição digital
- São hoje factores essenciais de competitividade e sustentabilidade das empresas e de eliminação de barreiras, geográficas, horárias, ou outras, à prossecução das suas actividades.
- Fluxos financeiros rápidos e eficientes
- Intercâmbio internacional, colaborativo, de tecnologia e investigação.
- Horizontes de negócio e manufactura alargardos, possibilitando a cópia inteligente e adaptação de tecnologias e processos (cross-fertilization).
- Processos com execução geograficamente distribuída.
- A IA abre perspectivas ainda algo especulativas, que se projetam, não apenas no domínio material, mas na possível extensão da duração da vida, humana e na ampliação das capacidades cognitivas individuais.
- A nível individual, multiplicam-se os processos e serviços conduzidos pelos próprios, a partir de qualquer lugar: actividades bancárias, compras à distância, telemedicina, tele-ensino, e processos inerentes à relação do indivíduo com as instituições, com o Estado, e com terceiros (com a inerente assunção de tarefas e encargos).
- Todos estes desenvolvimentos acarretam riscos de cibercrime. A Cibersegurança é, pois, um domínio da maior importância que faz apelo a especialistas, mas também e em primeiro lugar, a actuações responsáveis dos utilizadores e das administrações das empresas e instituições, pelo seu exemplo e pela exigência de cumprimento das regras de segurança, por toda a cadeia hierárquica, e por todos os trabalhadores.
- Tenha-se presente que as quebras de segurança só acontecem quando alguém faz algo que não devia, ou quando não cumpre uma regra estabelecida.
- Um caso particular da segurança, que suscita discussões, com cambiantes distintos em cada país, é a instalação de câmeras de segurança em espaços públicos, o que irá, possivelmente, alterar comportamentos.
- Um lado perverso da evolução da SI, está associado à inclusão em aplicações e software comerciais, de processos não evidentes nem declarados, de recolha insuspeitada de informação privada, susceptível de influenciar comportamentos, preferências, e hábitos, dos utilizadores.
- Outro, não menos importante, resulta da falta de transparência na aquisição e fusão de grandes empresas que prestam serviços aos utilizadores, resultando em monopólios e oligopólios que são obstáculos intransponíveis ao funcionamento enxuto da SI, ao seu pleno usufruto pelos cidadãos, e ao funcionamento virtuoso do Estado de Direito, incapaz de controlar eficazmente as actividades financeiras, práticas, anti-ambientais, de apropriação e delapidação de recursos, e eventual sonegação de impostos por aquelas empresas.