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Na segunda-feira, 27 de abril de 1500, desembarcaram para tomar água, se misturaram aos índios e fizeram inúmeras trocas. Alguns deles foram até uma povoação indígena onde encontraram as enormes construções que serviam de moradia aos nativos. Por carapuças e colares conseguiram belos e grandes papagaios vermelhos e verdes.
Relato do que aconteceu na terça-feira, abril de 1500. Os portugueses lavaram roupas e construíram uma grande cruz de madeira. Os nativos ficaram muito impressionados com a eficácia das ferramentas de ferro. Correção: a cana que os índios usavam na fabricação de flechas, mencionada por Caminha, não era a cana-de-açúcar. Esta foi introduzida no Brasil alguns anos mais tarde.
Os portugueses passaram a quarta-feira (29 de abril de 1500) repartindo a carga do navio de mantimentos nas outras naus. Sancho de Tovar foi à praia e ao voltar embarcou dois jovens nativos.
Após comerem, cedo foram os portugueses à praia. Cabral os guiou imediatamente até a grande cruz que fora construída e, curvados, a beijaram. Convidaram alguns índios para que os imitassem e prontamente eles atenderam. Colheram lenha e água, comeram palmitos, dançaram e folgaram. Os nativos estavam absolutamente à vontade entre eles e no fim do dia regressaram às naus acompanhados por 4 ou 5 deles.
Sexta-feira, 1º de maio de 1500: nesse dia Cabral e seus companheiros fincaram uma enorme cruz em solo brasileiro e Frei Henrique de Coimbra rezou a primeira missa em terra firme (a do dia 26 de abril foi no ilhéu da Coroa Vermelha). Caminha relata impressionado a aparente devoção de dezenas de indígenas que imitavam todos os atos litúrgicos feitos pelos portugueses.
Caminha termina sua carta fazendo algumas considerações gerais a respeito da terra.