Lateralidade Cruzada Taekwondo Escrever Mão Direita Chutar Perna Esquerda
Literatura
Consta na literatura que podem ocorrer casos em que a criança mude a prevalência manual por identificação com alguém, por imposições dos pais ou professores, ou por motivo afetivo ou por qualquer outro motivo (Oliveira, 2008).
Uma criança cuja lateralidade não está bem definida encontra problemas de ordem espacial, não percebe a diferença entre seu lado dominante e o outro lado, não distingue a diferença entre esquerda e direita é incapaz de seguir a direção gráfica (leitura começando pela esquerda).
Igualmente não consegue reconhecer a ordem em um quadro.
Como, nessas condições, poderia ler um quadro com dupla entrada e colocar corretamente um título ou em data em caderno? (MEUR e STAES, 1989, p. 8).
Exercícios
Meur e Staes (1989) indicam o seguinte exercício para começarmos a descobrir a dominância lateral da criança.
Para que se consiga descobrir temos que aplicar exercícios a três níveis como membros inferiores, membros superiores e em nível da visão (olho).
Nesses três níveis a criança a criança pode apresentar apenas a predominância esquerda ou direita ou cruzada como vimos nos escritos acima.
Assim, em nível dos membros inferiores, do ponto de vista da força: pede-se a criança que percorra um trajeto com um pé, depois com o outro; o lado escolhido para o primeiro trajeto é muitas vezes o lado dominante, mas a observação dos pulos revelará maior facilidade de um lado: é esse lado que determina a dominância.
Do ponto de vista da precisão: fazer com que leve com o pé, uma bola ou uma lata até determinado lugar; fazer com que desenhe no chão, com o pé; um círculo, um quadro, etc. (MEUR e STAES, 1989).
Em nível dos membros superiores do ponto de vista da força: “lançar uma bola no jogo de ‘acerte o alvo’; bater um prego, abrir uma lata de conserva (a mão dominante segurará o abridor); pregar um percevejo” (MEUR e STAES, 1989, p. 12).
Precisão
Do mesmo modo, o ponto de vista da precisão, “pregar um alfinete em um mural; pentear-se; recortar papel com tesoura; colar selo em um envelope” (MEUR e STAES, 1989, p. 12).
Em nível dos olhos, devemos solicitar que a criança observe um caleidoscópio; observar o visor de uma máquina fotográfica antiga, solicitar que olhe pelo buraco da fechadura (MEUR e STAES, 1989).
Nesse momento há necessidade de destacar a diferença entre lateralidade que é a dominância de um lado em relação ao outro, em nível da força e precisão e o conhecimento ‘esquerda – direita’ que é o domínio dos termos ‘esquerda’ e ‘direita’ A esse respeito (MEUR e STAES, 1989), esclarecem que:
O conhecimento ‘esquerda – direita’ decorre da noção de dominância lateral.
É a generalização da percepção do eixo corporal, a tudo que cerca a criança, esse conhecimento será mais facilmente apreendido quanto mais acentuada e homogênea for a lateralidade da criança.
Esquerda ou direita?
Com efeito, se a criança percebe que trabalha naturalmente com ‘aquela mão’, guardará sem dificuldade que ‘aquela mão’ é a esquerda ou direita. Caso haja hesitação na escolha da mão, noção de ‘esquerda – direita’ não poderá firma-se com segurança.
Da mesma forma, em caso de lateralidade cruzada, a criança confundirá facilmente os termos […] por ser mais forte do lado direito (por exemplo, o pé), ora mais forte do lado esquerdo (a mão). (MEUR e STAES, 1989).
“O conhecimento ‘esquerda – direita’ faz parte da estruturação espacial por referir-se a situação dos seres e das coisas, mas está de tal forma vinculada a noção de dominância lateral que colocamos essa aprendizagem imediatamente após a da lateralidade” (MEUR e STAES, 1989, p. 13).