O Brasil é o terceiro país do mundo com a maior população carcerária.
Essa vexatória posição se deve às 919.393 pessoas privadas de liberdade nas prisões brasileiras, segundo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). De acordo com a pesquisadora Ludmila Ribeiro, em dois anos teremos aproximadamente 2 milhões de pessoas presas encarceradas.
O mais intrigante desses números é o fato de as pessoas destinatárias deste fenômeno possuírem raça, classe e territórios bem definidos. De acordo 14º Anuário de Segurança Pública de 2020, 66,9% das pessoas que estão encarceradas são pretas, pardas e pobres. O que demonstra a seletividade do sistema.
Entretanto, é necessário nos questionar se esses números astronômicos são proporcionais à segurança que parecem almejar. Os dados oficiais demonstram que não. Sendo assim, a quem interessa um sistema de justiça criminal orientado pelo pânico e populismos penal em detrimento do garantismo? Além disso, qual o papel do Poder Judiciário nos grandes encarceramento?
Para responder esse e outros questionamentos, contamos com a presença do desembargador, escritor e pesquisador Marcelo Semer.
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