Estou a uma distância incompreensível de ser alguém incrível. Somente sou medos, inseguranças e defeitos que trato de dissimular causando risos a mim mesmo. Uma débil máscara de fortaleza que visto para que não me causem dano. Isso sim, ao menos me considero verdadeiro, autêntico. Quando me sinto bem com alguém, demonstro, floresço, retribuo. Se me comprovam confiança, se de verdade me sinto seguro, pouco importa me desnudar, emocionalmente falando. Minha entrega é por completo, embora não tenha muito. Sou dos que pensam que sempre vale mais o todo de um pouco, o muito de um todo, porque o erro está em medir em quantidades e não em porcentagens. É próprio dos estúpidos e aparvalhados valorar uma pessoa pelo que dá e não pelo que pode oferecer.
Essa foi nossa diferença.
Te dei o todo, e tu, tu somente me deste muito [por analogia]. Ou melhor, quase — praticamente — nada.
Música: November [Endless Melancholy]/ Resonance [Akira Kosemura]/ Mirror Lake [Angus MacRae].
