Culturalmente Tomé ficou estigmatizado como aquele que duvidou. A arte inspirada nos relatos e no catecismo se encarregou de espalhar esta marca. Mas é ele o grande propagador da verdade vista por seus olhos e tocada por suas mãos. No belíssimo quadro de Caravaggio (1571-1610) podemos apreciar o que deve ter sido a impressionante cena, na qual Tomé ao ver o ressuscitado diante de si exclamou: Meu Senhor e meu Deus! (Jo 20, 28). É este termo que costumamos dizer para expressar nossa fé no Deus vivo, pois diferente de Tomé nós cremos sem o vê-lo.