Precisamos saber que as palavras podem ferir e prejudicar psiquicamente o outro. Precisamos cuidar para não dirigir aos outros palavras que ferem a sua dignidade e a sua pessoa. Essas palavras podem ficar retidas em suas memórias por toda uma vida. E como nos defender quando somos nós que sofremos agressões verbais? Se pensarmos, como dizia Renate Jost de Moraes, que: "Quem está bem, não machuca ninguém" (corrigindo o que falei no vídeo), perceberemos que aquela pessoa que nos dirige palavras que nos ferem, "não está bem", e que sua atitude é uma espécie de autodefesa, muitas vezes para nos afastar, devido aos seus próprios sofrimentos e limitações, ou até mesmo buscando autoafirmação em função de suas inseguranças afetivas. Se olharmos para aquele que nos dirigem palavras que nos ferem pensando que ele carrega suas próprias feridas, saberemos separar quem nós somos daquilo que escutamos e saberemos devolver ao outro atitudes mais construtivas do que "pagar com a mesma moeda". Aquele que fere não espera receber em troca o amor, mas se nossa resposta for amor, existe uma possibilidade de provocar nele uma mudança. Vamos cuidar para que nossas palavras não machuquem os outros, porque a interioridade do outro, é terreno sagrado.