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Description

Olá, Excêntricos. Bem-vindos a mais uma sessão do Clube!

Esse áudio foi retirado de um vídeo do Youtube: https://youtu.be/CeewUlr9yc0

Era como uma tempestade normal – embora bizarra, aterrorizante e muito pegajosa.  

As temperaturas na tarde de 15 de janeiro de 1919 estavam acima de 40 graus – incomumente ameno para um inverno de Boston – e a Commercial Street fervilhava com o som de trabalhadores, cavalos trotando e uma plataforma de trem elevada próxima. No quartel dos bombeiros, um grupo de homens estava almoçando enquanto jogavam um amistoso jogo de cartas. Perto do tanque de melaço, Antonio di Stasio, de oito anos, sua irmã Maria e outro menino chamado Pasquale Iantosca estavam recolhendo lenha para suas famílias.  

Na casa de sua família, com vista para o tanque, o barman Martin Clougherty ainda estava cochilando em sua cama, tendo trabalhado até tarde da noite em seu bar, o Pen and Pencil Club.  Por volta de 12h40, a calmaria do meio da tarde foi quebrada pelo som de um rugido metálico. Antes que os moradores tivessem tempo de registrar o que estava acontecendo, o tanque de melaço recentemente reabastecido se abriu e liberou 2,3 milhões de galões de lodo marrom-escuro. “Um estrondo, um assobio e a onda de melaço varreu o local”, escreveu o Boston Post mais tarde. U

ma parede de xarope de 4,5 metros caiu em cascata sobre a Commercial Street a 56.33 kmh, destruindo as pessoas, cavalos, prédios e postes elétricos em seu caminho. Até os sólidos suportes de aço da plataforma elevada do trem foram quebrados. Antonio di Stasio, Maria di Stasio e Pasquale Iantosca foram instantaneamente engolidos pela torrente. Maria foi sufocada até a morte pelo melaço, e Pasquale foi morto após ser atropelado por um vagão de trem. António viveu.