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“Ouvistes que foi dito: Olho por olho, dente por dente. Eu, porém, vos digo: não resistais ao perverso; mas, a qualquer que te ferir na face direita, volta-lhe também a outra; e, ao que quer demandar contigo e tirar-te a túnica, deixa-lhe também a capa. Se alguém te obrigar a andar uma milha, vai com ele duas. Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes”.
Quantas vezes você já retrucou alguém só essa semana com uma palavra atravessada? Você se perguntou por que você fez isso?
No passado de Israel foi dito a eles: “olho por olho, dente por dente”, a lei estabeleceu esse padrão, como podemos verificar em Êxodo 21.24, Levíticos 24.20 e Deuteronômio 10.21. O propósito desse padrão era assegurar que a punição em casos civis fosse proporcional ao crime, nunca teve o propósito de sancionar atos de retaliação pessoal, ou o que podemos chamar de vingança.
Essa lei não dava o direito do cidadão se vingar, mas dava parâmetros para as autoridades julgarem as questões de modo justo. Como lei visava controlar os excessos, a ira e a violência, pois a iniquidade precisa ser controlada.
O preceito de olho por olho dente por dente tem que imperar até que haja intervenção do Espírito Santo. A lei desmascara o perverso e o mantém sob controle e as autoridades têm a função de executar a vontade divina.
O que Jesus estava falando é que precisamos nos desfazer desse espírito de retaliação, de vingança, quando sofremos alguma ofensa ou dano pessoal. Deus disse: Minha é a vingança eu retribuirei (Romanos 12:19).
Algo que precisa ficar claro é que Deus não compactua com a impunidade, e quando fala sobre não resistir ao perverso está falando de devolver a ele alguma ofensa pessoal, uma afronta contra a dignidade pessoal.
É um ensino sobre não se deixar vencer pelo eu que deseja revidar com palavras ou atitudes que firam a pessoa que te ofendeu.
Fazer mais do que se espera e dar mais do que se pede é o que Jesus quis dizer quando falou sobre dar a capa e andar mais milhas, a autoridade podia obrigar o cidadão a carregar suas coisas ou lhe servir de guia por uma milha, depois disso o cidadão estava desobrigado a prosseguir, mas imagine que ele voluntariamente se proponha a caminhar mais, o impacto que poderia causar naquela autoridade. Você não sabe o impacto que o silêncio pode causar, o dar a outra face, o emprestar a quem te pede. É fácil? Nem sempre, mas podemos exercitar isso ainda hoje.
Pastora Marcela Rosa
Devocional Florescer- IEQ Sede Hortolândia- SP