“Vieram, depois, os discípulos de João e lhe perguntaram: por que jejuamos nós e os fariseus, e teus discípulos não jejuam?” Mateus 9. 14.
Não é novidade para nós esse tema, sabemos que o Jejum é a maneira do crente abater a sua carne, reconhecer a sua dependência de Deus, buscar ouvir a voz de Deus, mas quando lemos o texto acima percebemos que o jejum para eles era algo ritualista e que demonstrava aos outros um padrão de santidade que não mais se encaixava com o padrão que Jesus veio estabelecer, ou seja, o jejum para eles era a coisa certa, porém feito da maneira errada.
Jesus responde à questão levantada fazendo uma inteligente analogia, compara a sua presença com a presença de um noivo no seu casamento dizendo: “Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles?
A resposta óbvia é: não podem. Chegaria o tempo em que o jejum seria necessário, chegariam tempos de tristeza, contrição e de orações intensas, mas com Jesus por perto, era um tempo de alegria.
Mais importante do que o jejum era que os padrões antigos fossem deixados de lado para que algo novo e poderoso pudesse chegar. Para que entendessem isso Jesus usa outras duas analogias dizendo: Não se põe remendo de pano novo em uma veste velha, nem vinho novo em um odre velho, se fizer isso o tecido se rasga e o odre se rompe.
O odre era o recipiente onde o vinho era armazenado, e era feito de pele de animais. Quando o vinho era colocado no odre estava ainda no processo de fermentação, o que resultava em uma pressão grande dentro do odre que se esticava.
Uma pele velha não forneceria a elasticidade necessária para suportar a pressão e se romperia, o resultado seria a perda do vinho e também do odre.
O que Jesus queria dizer é que Ele tinha algo novo que só poderia ser aproveitado se os seus ouvintes estivessem dispostos abrir mão dos velhos padrões e rituais, até mesmo as coisas certas precisavam ser realizadas sob a luz da nova aliança. Jesus não veio remendar ou reformar o judaísmo legalista, mas veio trazer algo novo. É impossível costurar a nova aliança nas velhas formas cerimoniais da lei, seria impossível para eles receber o que Jesus tinha, a menos que fossem renovados.
Em Mateus 6.16 e 17, Jesus falou a respeito do Jejum e deixou claro que esse deve fazer parte da vida espiritual dos filhos de Deus, mas deve ser algo entre o servo de Deus e o próprio Deus, deve ser realizado em secreto, sem alarde.
Deve ter a motivação correta, em Isaías 58.4 Deus dá o motivo pelo qual não recebia os Jejuns do seu povo: “Eis que, no dia em que jejuais, cuidais dos vossos próprios interesses e exigis que se faça todo o vosso trabalho. Eis que jejuais para contendas e para rixas e para ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará ouvir a vossa voz no alto.”
O Jejum não muda Deus, mas muda você. Te faz mais suscetível ao Espírito Santo, através desta prática estamos liberando nosso espírito na disputada batalha contra a carne, e por isso muitas coisas acontecem quando jejuamos. É uma arma poderosa que o crente possui. Vamos jejuar mais?
Pastora Marcela Rosa
Devocional Florescer- IEQ Sede Hortolândia- SP