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No texto hebraico, o título do livro de Levítico é "E Ele chamou". O livro enfatiza assuntos relacionados com a aliança, com detalhes específicos do sacerdote, o levita ou interesses sacerdotais centrados na santidade e adoração.

Levítico é um manual de referência bem organizado para o sacerdócio do Antigo Testamento. Consiste em duas divisões ou temas principais que tem como eixo o capítulo dezesseis, que trata dos regulamentos que regem o dia anual da Expiação, ou seja, dia de se purificar, quando toda a casa de Israel devia jejuar.

Os quinze primeiros capítulos tratam de modo geral com princípios e procedimentos sacrificiais que dizem respeito à remoção do pecado e a restauração das pessoas, a comunhão com Deus. Os onze últimos capítulos enfatizam a ética, a moral e a santidade. Deus deseja que os israelitas olhem para sua santidade, e exige que os mesmos exemplifiquem esse atributo espiritual em suas próprias vidas.

Lendo o livro Levítico capítulo 1.1, observamos que Deus toma a iniciativa de estabelecer comunhão com o seu povo. O Tabernáculo, ou tenda do encontro, representava a presença do Senhor entre o povo de Israel. A partir desse momento segue-se, então, o manual com os procedimentos corretos para os sacrifícios.

A oferta queimada é mencionada, primeiro, como o tipo de sacrifício mais antigo e importante, (Gn 8:20). Os animais para o sacrifício não podiam ser carnívoros e deveriam ser domesticados e sem defeitos. Deus, em sua misericórdia, providenciou um meio de restaurar com o ser humano o relacionamento que havia sido quebrado devido ao pecado. A oferta deveria ser queimada completamente, (exceto o couro), simbolizando um comprometimento total com Deus. Ao colocar sua mão na cabeça da oferta que ia ser queimada, o adorador identificava-se com o que ofertava. Havia provisões de pássaros comuns para que as pessoas mais pobres pudessem oferecê-los como holocausto, (vs 14 ao 17). 

Lv 1.5 O sangue mencionado mais de 80 vezes em Levítico representava vida, (Lv 17:11)

Lv 1.9 As ofertas queimadas são descritas como aroma agradável ao Senhor. Fica claro que o sacrifício não era visto como um meio de apaziguar a ira de uma divindade caprichosa, mas para ilustrar a necessidade de expiação entre o Deus santo e o ser humano pecador.

Lv. 1.11 Matar o animal era um ato religioso. Geralmente o adorador participava levando o animal, identificava-se com ele ao colocar a mão em sua cabeça, confessava os pecados e assistia à morte do animal pelo sacerdote. Atos como derramamento de sangue, a manutenção do fogo, a colocação de pedaços do animal no altar, a limpeza de porções do corpo do animal e a queima do sacrifício eram designados como funções sacerdotais, visto que o sacerdote tinha a função de mediador entre o ser humano pecador e o Deus santo.

Esses sacrifícios foram oferecidos durante o período bíblico. Jesus, (o sacrifício perfeito), em seus ensinamentos nos mostra que a oferta somente era verdadeiramente aceita por Deus quando a intenção do adorador era pura e verdadeira (Mt 5.23,24). 

O sangue de Jesus Cristo é infinitamente mais eficaz do que qualquer outra oferta para purificar a consciência humana de obras mortas, para servir ao Deus vivo, (Hb 9:14).

Enfim, irmãos, assim como Deus instruiu seu povo no passado sobre a verdadeira adoração e uma vida santa em sua presença, hoje através de sua Palavra e do Espírito Santo recebemos a mesma instrução, para termos vida abundante e a verdadeira comunhão com Ele.

Que Deus nos abençoe
Rosana Firmino
IEQ Sede Hortolândia SP